domingo, 30 de outubro de 2011

Um grão com potenciais desconhecidos

Por Dione Maycon

     O Amendoim é a semente da planta Arachis hypogaea L, originária da América do Sul e que cresce em solos úmidos. Ele possui um ótimo valor nutritivo, uma vez que é rico em vitamina E, proteínas, carboidratos e importantes sais minerais, como o fósforo e o zinco. A semente começou a ser apreciada pelos indígenas, tendo sido difundida por toda a América, Europa, Ásia e África.
     Mas nem tudo são flores. Apesar de ser bastante apreciado em todo o mundo, inclusive no preparo de diversos pratos, o amendoim possui toxinas que podem fazer mal a saúde. Prova disso é uma pesquisa realizada pelo pesquisador Ernandes Rodrigues de Alencar que é formado em engenharia agrícola e ambiental pela Universidade Federal de Viçosa, na qual ele destaca que o armazenamento inadequado de grãos pode causar um fungo chamado Aflatoxina, que se reproduz em locais abafados e úmidos. No organismo humano, o fungo pode ocasionar enfermidades como mal estar, diarréia, febre e em longo prazo até câncer no fígado.
     O pesquisador disse ainda que a armazenagem correta do grão em locais secos e arejados, além de outros cuidados como a aplicação de gás ozônio (O3) para evitar a ploriferação dos fungos, podem evitar sérios riscos a saúde de quem consome. Ernandes Alencar destaca ainda que mesmo o que o grão esteja contaminado e alguém o consuma, os riscos a saúde podem vir a longo prazo, ou seja, não há perigo imediato a saúde.
     Essas pesquisas realizadas utilizando alimentos como base nem sempre prevalecem com a mesma linha de pesquisa. Segundo Ernandes, hoje pode surgir uma pesquisa em que relata que tal grão pode trazer riscos à saúde e amanhã outro pesquisador utilize outros métodos de pesquisa e descobre que há erros no diagnóstico da pesquisa anterior. Esses fatos são comuns no universo da ciência. As pesquisas realizadas por Ernandes Alencar, sobre os potenciais do amendoim ainda são experimentais, podendo ter variações em suas conclusões e métodos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diz aí, o que achou deste texto?