domingo, 2 de outubro de 2011

Pesquisador defende o uso medicinal da maconha

Por Adriana Mesquita, Clarice Barbosa, Cláudia Coelho e Ernandes Almeida


Países como os EUA, Canadá, Reino Unido e Holanda, já recorrem ao uso da maconha na medicina. No Brasil, apesar de ser um assunto ainda pouco discutido, pesquisadores como o neurobiólogo Renato Malcher Lopes também se baseiam em conhecimentos científicos para avaliar os benefícios do uso da maconha na medicina.
Joab Gomes, 23 anos, começou a fumar maconha há dois anos e apesar de fumar apenas uma vez ao ano, o jovem acredita que a planta é medicinal. “Além de ser excelente para meditar, fazer auto-análise e relaxar, a maconha dá fome e anestesia as dores”, diz ele.
O arquivologista pode está certo, já que evidências científicas comprovaram por meio de um estudo publicado na revista internacional Archives of General Psychiatry em junho de 2000, que a Cannabis, nome científico da droga, funciona como analgésico, estimulador de apetite e ainda como controlador de vômitos.
De acordo com Renato Malcher Lopes, mestre em biologia molecular, doutor em neurociências e professor adjunto do departamento de fisiologia da Universidade de Brasília , a maconha é usada para uma enorme variedade de funções há mais de cinco mil anos . “Ela é a planta medicinal mais útil e estudada e a ciência moderna comprovou de forma inequívoca suas propriedades medicinais, que são muitas e causam poucos efeitos colaterais importantes”, afirma.
O pesquisador também é coautor do livro "Maconha, Cérebro e Saúde", no qual o cientista, junto com Sidarta Ribeiro, defende o uso terapêutico da droga no tratamento de doenças. Para ele não existe nenhum medicamento tão eficiente no tratamento de dores severas, como o mal estar causado pela quimioterapia, a falta de apetite e perda de peso, a depressão e a ansiedade em doentes de câncer. “A maconha inibe vômitos , náuseas , convulsões em eplepsia tremores, dores e descontrole motor em Parkinson, estimula o apetite, reduz dores severas para nas quais, muitas vezes nem a morfina resolve, além de inibir também o crescimento de câncer”.
Segundo Renato Malcher, a droga elimina ainda os espasmos musculares em doentes com esclerose múltipla, é levemente sedativa, melhora o estado de humor, protege neurônios após AVC, alivia cólicas menstruais, é antidepressiva. “A maconha é muito mais segura que a maioria dos remédios usados para essas finalidades. O remédio a partir dela pode ser obtido diretamente da vaporização da planta com custos irrisórios e ridículos, se comparados com aos preços de remédios industrializados”.
No que diz respeito á legislação, o pesquisador é bem categórico: “Regulamentar o uso médico da maconha é uma obrigação ética urgente,pois existem pessoas sofrendo porque o estado simplesmente ignora e desrespeita esse sofrimento, impedindo assim, de forma totalmente irracional, que essas pessoas façam uso de uma planta medicinal totalmente segura”, afirma ele.
Até servidora pública Cláudia Regina dos Santos, 49 anos, que é conservadora quando o assunto é droga, é a favor da aprovação do uso medicinal da maconha. “Dizem que a droga prejudica o funcionamento dos neorônios.Se uma pessoa cai nessas, cai nas drogas só restam dois destinos: ou morte ou cadeia. Mas a maconha em outros países já foi liberada para usar como remédio, então não teria tanto problema, mas se fossem outras drogas eu não aceitaria que o país liberasse jamais” garante a agente administrativo.
Já para o médico Jonildo Ibiapina , é preciso repensar sobre a licitude da maconha, mesmo para a medicina. “Há estudos que mostram a maconha como alternativa para controle de efeitos quimioterápicos, porém o assunto ainda é visto com cauleta pela comunidade científica, pois a droga causa dependência psíquica e física, assim como outros entorpecentes”, argumenta.
De acordo ele, o consumo da droga diminui a capacidade de raciocínio, causando letargia momentânea. “O que acontece é que há aumento nos níveis de neurotransmissores, com uma breve sensação de prazer, provocando alucinações e deixando o usuário desorientado no tempo e no espaço”, explica.

O médico lembra ainda que, quando consumida na forma de cigarro, a maconha causa danos à saúde e pode levar o usuário a desenvolver doenças crônicas como cirrose e câncer de pulmão, além daquelas que vai desde uma simples amnésia temporária até esquisofrenia.

Um comentário:

  1. Os adultos vivem dizendo que a adolescência, é um
    dos periodos mais marcantes da vida.
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    Beijos,

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