sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Águas Subterrâneas: Patrimônio Natural da Humanidade


O gosto da água muda quando a concentração de sais é elevada.



Nem toda água que está embaixo da terra é considerada como água subterrânea, por haver uma distinção daquela que ocupa o lençol freático, que é chamada de água de solo e tem maior interesse para agronomia e botânica.
Um maciço rochoso ou um solo argiloso, pode servir de leito para as águas subterrâneas, pois permitem que ela se acumule e elimine todos os espaços vazios do solo.
Em geral, as águas subterrâneas são armazenadas ou em rochas sedimentares porosas e permeáveis, ou em rochas não-porosas, mas fraturadas. Neste último caso, as fraturas geram um efeito físico similar ao da permeabilidade. Um caso menos freqüente é o das rochas calcáreas, nas quais até mesmo a baixa acidez das águas da chuva é capaz de abrir verdadeiros túneis, por onde flui a água subterrânea.
A maior reserva de água doce do mundo se encontra nas geleiras (quase 70 %) seguida pela existente no subsolo (quase 30%) , representando esta última, cerca de 90% do total de água doce disponível para consumo humano.
Uma das maiores reservas de águas subterrâneas do mundo é o famoso Aqüífero Guarani, que ocupa o subsolo do nordeste da Argentina, centro-sudoeste do Brasil, noroeste do Uruguai e sudeste do Paraguai.
Marcos Carlos de Mesquita Neto, mestrado em Sustentabilidade de Ecossistemas pela Universidade Federal do Maranhão, desenvolveu um estudo sobre a avaliação da dureza e das concentrações de cálcio e magnésio em águas subterrâneas da zona urbana e rural do município de Rosário no Maranhão.
A caracterização das águas subterrâneas de Rosário/MA;
apresentaram a determinação dos níveis de dureza que é a propriedade relacionada com a concentração de íons de determinados minerais dissolvidos nesta substância. A dureza da água é predominantemente causada pela presença de sais de Cálcio e Magnésio, de modo que os principais íons levados em consideração na medição são os de Cálcio (Ca2+) e Magnésio (Mg2+), a concentração desses íons nas águas subterrâneas da zona urbana e rural do município.

Foi efetuada a fim de verificar sua potabilidade e possíveis restrições de uso humano, industrial e/ou agronômico.
‘’A sociedade tomou conhecimento da qualidade da água que consome, quando se fala das concentrações de cálcio e magnésio’’ relata Marcos.

O presente estudo foi apresentado no XVI Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas.
‘’Um marco para o setor no Brasil, este evento reuniu cerca de 800 participantes, 250 expositores e mais de 2 mil visitantes. Além das principais empresas do setor de águas subterrâneas, públicas e privadas, que têm presença garantida na Fenágua (Feira Nacional da Água) – que aconteceu paralelamente ao Congresso’’. Everton Luiz da Costa Souza, Presidente da ABAS (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas).

O Maranhão é um Estado onde a água é abundante! Faz parte da segunda maior Bacia Sedimentar do País, a do Parnaíba, juntamente com os Estados do Ceará e Piauí.

Os resultados das análises em 30 amostras de 16 poços artesianos revelaram que as águas subterrâneas locais são majoritariamente
de dureza branda a pouco dura, muito embora alguns poços tenham apresentado águas classificadas como pouco duras a duras, dependendo do período. Sob o ponto de vista da potabilidade, as águas subterrâneas locais não apresentaram restrições para consumo humano, havendo alguma reserva quanto a uso industrial mais específico como em caldeiras.
A dureza da água é medida geralmente com base na quantidade de Partes por milhão de Carbonato de Cálcio CaCO3, também representada como mg/l de Cálcio CaCO3. Quanto maior a quantidade de "ppm", mais "dura" será considerada a água.

Num país de tão rica biodiversidade e cenários naturais tão diferentes entre si, como o Brasil, a água, o bem mais precioso da humanidade, é cada vez mais objeto central das discussões ambientais e preservacionistas.

Sabendo destas concentrações, podemos inferir na qualidade da mesma e com isso evitar possíveis patologias. Como por exemplo: Gastrite, conjuntivite, hipertensão, dentre outras. O próprio gosto da água muda quando a concentração destes sais é elevada.

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