
Mirella Lorrainy, estudante de engenharia criou um aparelho que ajuda na respiração de recém-nascidos a um preço bem inferior que os tradicionais. Ela desenvolveu um sistema flexível para garantir respiração artificial a bebês que nascem com problemas pulmonares. Por essa pesquisa, ganhou o prêmio Jovem Cientista e R$ 10 mil da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).
O projeto no Laboratório de Engenharia e Inovação (LE&I), localizado no campus UNB Gama, foi coordenado pela professora Suélia Rodrigues, que no ano de 2010 ganhou o prêmio Jovem Cientista. Criou um módulo de controle da obesidade, aplicado por endoscopia no esôfago: “nós nos viramos bem com as condições que temos”, relata a professora.
O Dispositivo Alternativo de Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas (CPAP), desenvolvido por Mirella, salva vidas de bebês que têm dificuldade de respirar. Este dispositivo criado pela UNB Gama custa R$ 7 mil, os demais comercializados chegam a custar mais de R$ 20 mil.
Além de ter o menor valor, o aparelho também é pequeno. Por ter essas particularidades, o dispositivo poderá ser utilizado em ambulâncias, diferente dos grandes aparelhos dos hospitais. “A ideia é levar para a rede pública de hospitais no DF e entorno”, diz Mirella. São usados dois cilindros, sendo um com ar e outro só com oxigênio. O equipamento os mistura e os coloca na temperatura e umidade pré-determinadas.
No invento foram utilizados componentes para baratear o custo, como as placas de hardware foram selecionadas com o intuito de reduzir o preço. Já o sistema de controle (software), controla as medições de temperatura e umidade. Foi desenhado especialmente para bebês, mas está sendo preparado uma segunda versão, com novas válvulas que irão baratear ainda mais o custo, o aparelho levou cerca de um ano para ficar pronto.
A coordenadora Suélia acredita que a premiação Jovem Cientista é muito importante como afirmação de novo campus. A qualidade do ensino e laboratórios, mesmo sem grande estrutura, garante projetos para a sociedade. “esse prêmio mostra que estamos no caminho certo”, ressalta.
Ela afirma que problemas estruturais fazem parte de um processo de implantação de uma nova sede, mas a qualidade dos alunos e a fé na pesquisa compensam. Mesmo assim, a pesquisadora reclama da falta de incentivos. Seria necessário mais de R$ 20 mil para conseguir montar um laboratório de maneira apropriada.
Claudia Coelho de Souza
Adriana Mesquista
Ernandes Almeida
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