quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Deficiência: Uma questão de todos

A deficiência é um dos assuntos que geram bastante controvérsia na sociedade, tanto no modo de definição, quanto a políticas aplicadas de acessibilidade. Há duas formas de se compreendê-la. A primeira e, mais conhecida sustenta que a deficiência é uma restrição corporal que necessita de avanços na área da Medicina para fornecer tratamento adequado para a melhoria do bem-estar das pessoas. A segunda, proposta por um modelo social, defende que a deficiência é uma manifestação da diversidade humana que demanda uma adequação social para ampliar as diversidades corporais.


Segundo o pesquisador do Anis - Instituto de Bioética, Direitos humanos e Gênero, Wederson Rufino dos Santos, “a deficiência é uma questão de todos”, pois dentre a população 15% delas são deficientes ou possui algum tipo de limitação, e futuramente com o envelhecimento populacional, as pessoas irão experimentar algum tipo de restrição corporal, afirma.


Apesar deste modelo social, tratar a deficiência como parte da diversidade humana, ainda há lacunas na implantação de acessibilidade e na preservação dos direitos dessa minoria. A legislação brasileira, em teoria, supre e garante os direitos aos deficientes, entretanto, a aplicação desses direitos não é totalmente eficaz. “Construiu-se um mundo á parte para os deficientes”, enfatiza Wederson.


As diferenças de expressões corporais sempre despertaram curiosidades e espanto na sociedade. Com valores democráticos e mecanismos institucionais, proteger a diversidade implica dispor de cuidados a uma e a outras não. A opressão que existe a essa minoria cria a possibilidade de que a desigualdade está na sociedade, nas barreiras que o ambiente produz quando há interação com o deficiente.


“A deficiência não é uma tragédia social, mas sim uma produção social”, finaliza Wederson.


Yasmine Farias e Nayara Maciel

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