segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Resenha do livro: Manual de Jornalismo Científico - Manuel Calvo Hernando

Capítulo 1


Segundo o livro jornalismo científico conceito e generalidades do autor Manuel Calvo Hernando, um dos primeiros problemas que o jornalismo cientifico enfrenta é o próprio nome. Isso por que várias pessoas interpretam-no como nome de uma disciplina que estuda o jornalismo sendo um conjunto de tecnologias que tem como objetivo final a informação.
Mas o escritor diz que não se trata somente disto, na verdade é uma especialização informativa que consiste em divulgar a ciência e a tecnologia através dos meios de comunicação. A ideia básica é levar ao público informação científica para atender a exigência social. Trata-se de uma atividade que seleciona, adapta e reformula o conhecimento científico, com o fim de fazer com que tal conhecimento possa ser apropriado a uma determinada comunidade cultural. O jornalismo científico também é considerado uma especialidade informativa do nosso tempo com extraordinárias perspectivas profissionais e com carreira profissional próspera. O jornalismo especializado em ciência tem um papel fundamental para que a população tenha acesso a informações científicas.
Porém é necessário distinguir informação de comunicação. A comunicação é bidirecional (funciona em duas direções, comumente oposta); já a informação é unidirecional e isso possibilita um jornalismo mais interativo. O autor também ressalta a importância dos indivíduos conhecerem a ciência, para que estes não fiquem a mercê da enxurrada de informação que lhes são passadas, e que por vezes não são compreendidas por falta de conhecimento. É necessário entender que o homem necessita de cultura científica para compreender o mundo em que vive e para sobreviver nele. É importante destacar algumas dicas para que se faça um jornalismo científico de qualidade: Primeiro, seja um jornalista que saiba identificar tendências no processo de desenvolvimento da reportagem, e que investigue os fatos e suas consequências. Segundo, busque assuntos que sejam de interesse do leitor. Terceiro, pesquise assuntos da atualidade independentemente do programado e esperado. Quarto, faça um jornalismo que oriente, responda e dê alternativas e direcionamentos ligadas ao fato. E por fim, um jornalismo que transmita informação de qualidade para que a população compreenda as notícias.
Segundo o autor, o medo e a esperança fazem parte do jornalismo científico. Medo do futuro incerto carregado de riscos por causa do presente perigoso que envolve os riscos da energia nuclear, gases tóxicos e a superpopulação. E a esperança no que se refere à cura de várias doenças entre elas o câncer. Esses fatores só reforçam o quão importante é o papel do jornalista científico na divulgação dos avanços na ciência. Isso faz com que a informação faça parte da vida dos cidadãos, contribuindo para o progresso do conhecimento intelectual e científico destes.


Capítulo 2


Neste capítulo Manuel Calvo Hernando ressalta os objetivos e a função da divulgação científica. Para ele a Declaração dos Direitos Humanos descreve a importância da ciência e assegura o direito dos cidadãos de receber informações e se beneficiar das descobertas científicas. O autor acrescenta que o jornalista científico desenvolve três funções:
Informa - além de divulgar a reportagem, o jornalista científico deve estimular a curiosidade no público, divulgando ideias, entre outros.
Interpreta - o jornalista deve buscar fatos do cotidiano para que a população consiga compreender como determinada descoberta pode afetar a vida das pessoas.
Controla - Ele exerce essa função em nome do público, buscando por meio de decisões políticas a implementação das descobertas, para que a sociedade usufrua dos benefícios, melhorando assim a qualidade de vida.
Nesse sentido pode-se afirmar que a função do jornalista científico é transmitir a informação e ajudar o indivíduo a conhecer e utilizar este conhecimento nas várias áreas, promovendo assim o gosto pela inovação. Além disso, é importante dizer que o texto deve ter uma linguagem acessível a todos os públicos, caso contrário a notícia não será compreendida pelas pessoas.
Em suma, pode-se dizer que o objetivo da ciência é promover a educação, para que esta ajude o homem a tomar decisões que sejam relevantes para si, melhorando assim a qualidade de vida dos seres humanos.


Meios de comunicação


É no desenvolvimento dos meios de comunicação e na explosão do conhecimento que se encontra um dos grandes desafios para o jornalismo científico. É necessário que este profissional aproveite as vantagens da multimídia (vídeos, hiperlinks); da linguagem visual (por meio de fotografias e também de infográficos); e utilize a informática para uma comunicação mais eficiente com o receptor. Portanto, um dos maiores desafios para o jornalista científico é saber utilizar os novos meios de comunicação para melhorar a reportagem transmitida. É necessário utilizá-los para captar a atenção do leitor fazendo que ele se interesse e entenda mais sobre a ciência. É importante que o jornalista também descreva as emoções do pesquisador, pois isso interessa o as pessoas, e faz com que o cientista seja mais humano.
Em resumo, existem no jornalismo científico dois objetivos para alcançar: Primeiro promover a ciência e a tecnologia na sociedade para que se desenvolva o conhecimento e com isso melhore a qualidade de vida de todos. Segundo, utilizar os meios de comunicação para difundir as descobertas positivas e negativas relacionadas ao progresso da ciência. Também é necessário utilizar sempre uma linguagem acessível ao público. Sendo que os jornalistas científicos devem buscar a democratização da informação científica e tecnológica, como alternativas para a construção de um mundo melhor.


Capítulo 3


Nesse capítulo o escritor Manuel Calvo Hernando descreve as fontes para o jornalismo científico. Para ele encontrar fontes sérias, confiáveis na ciência é imprescindível, entretanto não é uma tarefa fácil e requer muita experiência com especialistas de vários setores.
Um dos problemas encontrados pelo jornalista científico é dificuldade de encontrar fontes confiáveis, pois este corre o risco de ter sua reportagem manipulada pelo pesquisador. Portanto este profissional da comunicação deve ter um vasto conhecimento para distinguir notícia de propaganda.
As fontes para o jornalismo científico podem ser:
*Agências informativas e de colaborações (são fontes regulares);
*Universidades, Centro de investigações e investigadores (são fontes específicas);
* Organismos internacionais, congressos, embaixadas, empresas (são fontes circunstanciais);
* Livros e revistas (são fontes documentais);
*Bibliotecas e base de dados (são fontes documentais).
É importante dizer que as fontes estão sofrendo transformações radicais com advento das novas tecnologias principalmente com as redes de computador. Pois, as informações são depositadas em sites, permitindo que o jornalista selecione com exatidão e rapidez a informação que necessita. A internet também facilitou o acesso dos jornalistas às enciclopédias e dicionários em várias línguas. Entretanto, a expansão da informática traz benefícios e malefícios no que se refere a veracidade das informações.


Capítulo 12


No presente capítulo Manuel Calvo Hernando descreve algumas características do rádio como meio de divulgação científica. Segundo o autor uma das principais vantagens do rádio em relação aos demais meios de comunicação é que este pode ser ouvido a qualquer hora e em qualquer lugar, não necessitando da atenção que a televisão exige. O escritor também ressaltou a importância de o jornalista ter formação e uma especialização na área científica. Pois o mundo exige profissionais capacitados para entender os problemas que afetam a sociedade.


Resenha: Wéllida Resende

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