terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pesquisador fala sobre agricultura a estudantes


As pesquisas em agricultura representam muito para o país, que é um dos maiores exportadores de produtos primários do mundo. Por conta disso, os estudos na área precisam avançar no mesmo ritmo da economia nacional. Hernandes Rodrigues Alencar é pesquisador, com mestrado e doutorado. Mineiro, o engenheiro agrícola acredita que ainda há muito a se fazer pelo segmento no Brasil.

Formado em engenharia agrícola pela Universidade de Viçosa, Hernandes chegou rápido à qualificação profissional que ocupa atualmente. Em 3,5 anos se graduou e em 10 já era mestre, com especialização em armazenamento de grãos.  Até hoje, já publicou 18 artigos em periódicos especializados e tem no currículo o prêmio de melhor dissertação de mestrado.

Para Hernandes, o contato entre pesquisador e estudante é válido, mas muitos cientistas não têm interesse em falar sobre estudos com universitários, por não acreditar em grande exposição. “Nem sempre publicar, divulgar ou mostrar as pesquisas é desejo de todo pesquisador. Às vezes, o pesquisador não vê vantagem em divulgar o estudo para um estudante ou não via o estudante como alguém que pudesse render algum proveito”, conta. Segundo o engenheiro agrícola, existem estudiosos mais solícitos e dispostos a ajudar os estudantes. “Mas nem todos os pesquisadores agem dessa forma. Lógico que nem todo mundo é agradável”.

Por outro lado, também existe o receio dos cientistas sobre a distorção de falas e a má interpretação que os jornalistas dão às opiniões. “Os pesquisadores trabalham com assuntos que muitas vezes não são acessíveis à população. Muitas vezes ocorre, de você pegar uma reportagem e pensar “eu não falei isso”, lamenta. De acordo com Hernandes, o jornalista precisa tentar dominar o assunto antes de escrever a reportagem, para evitar esse tipo de situação. “É preciso tomar cuidado para não distorcer os fatos”.

Brasil poderia armazenar melhor
Segundo o pesquisador, mesmo com grande produção (atualmente 160 milhões de toneladas), o país ainda precisa ter locais mais apropriados para estocar os alimentos. “O Brasil produz uma quantidade significativa de grãos, porém, as condições de armazenamento do país favorecem uma série de alterações que prejudicam a qualidade do produto”, alerta.

Daniel Cardozo (RA 0991022974)

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