sábado, 19 de novembro de 2011

Manual de Jornalismo Científico – Manuel Calvo Hernando

7. A notícia como conhecimento e necessidade

Somos herdados de nossos antepassados e desejamos profundo conhecimento unificado e universal.
A notícia científica contém um volume de informação que, não se pode medir. As características gerais são: imediatismo, conhecimento prático, experiências decisivas, rotinas, hábitos, ordem, poder, espaço de contradição. Em prática a notícia é um conjunto de mecanismos e estratégias de construir a realidade. É objeto de estudo universitário. O objetivo da notícia científica é que o público participe da aventura que é o conhecimento, com a especialidade informativa e o desenvolvimento do saber. Ser atual no presente, a curiosidade como característica de auto conservação. A novidade sempre é valida na notícia, credibilidade na ciência.
A multiplicidade e o conhecimento é o destino e a fraqueza são alguns dos instrumentos utilizados para conhecer a verdade, e seu uso defeituoso por parte dos informadores científicos.
Segundo o estudo realizado na Escola de periodismo e meios de comunicação da Universidade de Minnesota, os erros mais freqüentes nas informações sobre ciência e tecnologia são:
Omissões importantes – 33%
Entrevistas defeituosas e incompletas – 33%
Dar nomes enganosos – 31%
Laconismo excessivo – 25%
Relação de defeito entre causa e efeito ¬- 22%
Tornar uma especulação em um fato – 20%
Títulos imprecisos – 14
Dados incorretos – 7%
Outros erros – 6,2%

Para se escrever uma excelente matéria de ciência e tecnologia o autor destaca o uso da: credibilidade, objetividade, relevância, conteúdo, contextualização, certeza, seleção, explicação, verdade e precisão.

8. A informação científica
Os produtos de informações inéditas influenciam nas novas tecnologias de comunicação e de informação, contribuem para desenvolver o mercado da informação.
Abrangente o número de informações científicas sobre temas como a medicina, ecologia e a energia principalmente nuclear. Para esses campos é preciso uma certa especialização e preparação de material para o público. É necessário confiar o trabalho a especialistas, capazes de organizar uma circulação interna e externa de informações, documentos, com experiência em comunicação.

9. A reportagem e divulgação da ciência A reportagem pretende se aprofundar nas causas, no fato anterior, nas conseqüências do fato e situação, também analisar os detalhes o máximo possível, apresentar as personagens e protagonistas, recriar as circunstâncias e o ambiente em que foi produzido o fato, contextualizar a notícia. Estudar a atualidade com instrumentos que hoje se dispõe para retirar seus segredos e o desejo de enganar as aparências. As afirmações são certas do ponto de vista e pode ser falsas quando se vê de outro ponto, a conduta do objeto muda do ponto de vista do observador.

Segundo Garcia Marquez “todo o jornalismo é investigativo por sua definição. Nos âmbitos oficiais só podem obter algo a partir das contradições. Deve se duvidar de tudo, desconfiar muito das fontes, mais ainda de uma só fonte. O pior da profissão é que somos instrumentos das fontes.”

10. A entrevista e a divulgação do conhecimentoO jornalismo constitui um dos gêneros mais utilizados que nós permite recorrer, em primeira mão, idéias, opiniões e versos de fato, com freqüência nós põe de frente com uma fonte e as fontes de informação.
Classificação de entrevistas segundo Luiz Beltrão:

•Noticiosa ou de informação- o importante é a notícia, mais que a informação.
•Entrevista de opinião- com pessoas conhecidas do assunto que se trata. A personalidade do entrevistado, as suas opiniões adquiridas em destaque máximo.
•Retrato- apresentação da personalidade do individuo em um modo amplo e em muitas ocasiões total: descrição física, característica biográficas, costumes, anedotas, aspectos singulares de sua pessoa e seu trabalho, etc.
•Entrevista combinada – os elementos noticiosos, informativos, educativos, divertido, culturais e de qualquer outra índole, entram em jogo e dão lugar a um gênero que ultrapassa a mera entrevista.

Há necessidade de estudar a pessoa e a obra que será objeto de entrevista. Se o jornalista não estiver preparado corre o risco de fazer perguntas inúteis.
Deve ser feita uma pergunta inteligente e oportuna e não de aparência simples e normal, como se qualquer pessoa conseguisse fazer ciência. Sem parecer que se sabe muito sobre o tema, as respostas do entrevistado podem ser técnicas e especializadas.

Flavia Ferrer
6° semestre Jornalismo Matutino
RA: 0991023457

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