sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Estudo, pesquisas e grãos


Ernandes Rodrigues Alencar iniciou a carreira acadêmica científica bem cedo, aos 22 anos. Primeiramente ingressou Universidade Federal de Viçosa, uma das melhores do país, no curso Engenharia Agrícola e Ambiental tendo a duração de 9 semestres. Foi perguntado na palestra o que motivou a ingressar na área científica e não hesitou em responder: “foi num laboratório de pesquisa que estava estagiando que me interessei pela área científica”, disse.

O cientista estudou 10 anos na mesma instituição, sendo nove semestres de graduação, quatro de mestrado e um ano e meio de doutorado. Para ele o cientista não nasce do dia pra noite, e complementa: “o estudante tem que abrir mão de finais de semana, para escrever projetos, a priori não é fácil, mas com determinação sempre alcança a meta”.

O pesquisador Ernandes informa que durante a graduação é necessário ter uma boa monografia antes de conciliar um mestrado. “É importante ter o contato durante a graduação com a iniciação científica justamente para o aluno ter um norte se seguirá ou não mestrado. Quando entra no doutorado é um processo passo a passo”.

Durante a vida acadêmica atuou 20 períodos trabalhando diretamente com pesquisas. Seu interesse foi na área de grãos, pois o Brasil, é um dos maiores produtores de soja do mundo. A iniciação científica ocorreu com o contato com pesquisas em laboratórios, trabalhando com armazenamento de grãos como soja, milho, amendoim, etc.

Os estágios ocorreram na graduação em laboratórios, mas foi no mestrado que trabalhou diretamente com soja.Como objeto de estudo, a soja é de suma importância, como diz: “o cultivo de soja aumentou e muito, antes era de 90 mil toneladas, com o passar de 10 anos passou para 160 milhões de toneladas, hoje em dia, tem um grande papel no agro negocio brasileiro”.

No mestrado, ele analisou a forma de armazenamento da soja, que de acordo com a pesquisa ainda é ruim, porque altera o produto além de propiciar bactérias, também ocorre a perda de grãos. em 2007, o cientista ganhou o prêmio melhor dissertação da área de tecnologia pós colheita.

Já no doutorado trabalhou com amendoim, o processo de cultivo, colheita, armazenamento para averiguar a bactéria existente no grão. O pesquisador tem oito artigos publicados desde a formação.

Para finalizar dá a dica ao jovem pesquisador “o aluno tem de ser orientar durante a graduação, pois no mestrado se não tiver uma boa orientação na graduação, terá trabalho, além de ser mais difícil e o orientando ainda não tem amadurecimento.
O aluno tem de ter uma boa base para chegar a vida científica, como ensino, pesquisa e extensão. Porque professor que não orienta, logo, não terá uma boa pesquisa.

Claudia Coelho

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