quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Paçoquinha do Mal: Amendoim pode causar câncer

Comum em festas e confraternizações, o amendoim é um dos grãos mais consumidos pelas pessoas. Atire a primeira pedra aquele que nunca se deliciou com uma paçoquinha ou com um Pé-de-moleque, doces tão tradicionais na cultura brasileira.

Muitas pessoas após ingerir doces e comidas a base do amendoim podem se sentir mal. Esse foi o objeto de estudo do pesquisador Ernandes Rodrigues Alencar, 31. Qualificado em engenharia agrícola e ambiental, Ernandes já publicou vários artigos científicos relacionados à conservação de alimentos. O pesquisador comprovou que muitas vezes o grão pode ser contaminado nas lavouras ou no próprio processo de armazenamento.

O intuito da pesquisa de Ernandes foi reduzir a incidência do fungo Asparginos Flavos, que produz toxinas que prejudicam o ser humano. Assim o hábito de consumir o grão diariamente pode vir a causar câncer do fígado e até mutações. De acordo com Ernandes, “o contato com o fogo não faz a toxina carcínogena ter seu efeito reduzido, mesmo com o contato direto com o calor. Das substâncias que são produzidas por fungos essa é a mais potente, por isso que o fogo é ineficaz”. Ainda de acordo com a pesquisa de Ernandes é necessário acabar com o fungo que produz a toxina, “é melhor exterminar o fungo em sua fase inicial do que tentar acabar só com a toxina produzida por ele”, acrescenta.

A forma pesquisada por Alencar para exterminar o fungo foi o uso do Ozônio sintético, um produto já usado em outros gêneros agrícolas no país. O efeito do ozônio destrói o fungo ainda na lavoura ou na própria estocagem, ou seja, nos locais onde há a forma mais grave de contágio.

De acordo com Alencar, “é necessário o consumidor comprar o grão que seja certificado pela ABICAB - Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados -, o selo de qualidade do órgão comprova que aquele grão foi produzido e estocado de forma correta”, explica o pesquisador.

Segundo a assessoria da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivado (Abicab), é necessário o consumidor ter a clareza que muitos produtos que estão à venda nos supermercados não são produzidos corretamente, assim como o cidadão confia em selos do Inmetro para certificar produtos, o selo da Abicab é importante para comprovar que aquele alimento está limpo e que foi produzido com qualidade e confiança nos seus agricultores.

Fica o alerta á população.

Em um supermercado de Brasília, alguns consumidores revelaram não saber sobre a existência da ABICAB:

Vera Lúcia, 55, Dona de casa

“Nunca ouvi falar nesse órgão, deveriam divulgar mais esse fato, se fala tanto no Inmetro que para mim, todos os produtos são fiscalizados por ele, nunca imaginei que é necessário um órgão como esse para dizer que o amendoim é bom”.

Elisabete Novais, 25, Enfermeira

“Sério, o amendoim pode provocar tudo isso, vou começar a ficar de olho, por que na minha casa, comemos muito amendoim, nas receitas que a minha mãe faz, tenho certeza que ela nunca observou esse selo nas embalagens que ela compra”.

Paulo Henrique, 42, Comerciante

“Existe mesmo esse órgão, ou é piada, não tenho o costume de comprar amendoim, só na época de fim de ano, minha mulher faz muitos doces a base de amendoim para a ceia de natal, como eu que faço as compras, vou ficar mais atento a esse detalhe. A imprensa da notícia de tanta coisa fútil que informações importantes como essas não são dadas na TV”.

Carlos Amaral, 63, Aposentado

“Não sabia, vou ficar mais atento ao comprar amendoim, mais fica a pergunta será que esse selo está presente também nos doces que são vendidos, será que a paçoca ou o amendoim japonês também vem como esse selo, afinal saber a procedência dessas comidas é impossível”.


Andressa Dafini de Oliveira
RA: 0991022608

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