quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cientista realiza estudo em aves do Cerrado no Distrito Federal




Pesquisa em aves do cerrado contribuirá para preservação de espécies, evitando o desparecimento delas da fauna do Cerrado, explica pesquisador.


Renato Caparroz, 36 anos, é professor da Faculdade UnB de Planaltina FUP-UNB e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), no programa de pós-graduação em Ecologia & Evolução e desenvolve projetos nas áreas de Ecologia Molecular e Genética da Conservação, principalmente, voltados para o estudo filogeográfico, estrutura genética e biologia reprodutiva da avifauna e da mastofauna neotropical. Além de ser formado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (1994), Renato é mestrado (1998) e doutorado (2003) em Ciências Biológicas (Biologia/Genética) pela Universidade de São Paulo.


Atualmente, Caparroz está desenvolvendo uma pesquisa sobre a diversidade de endoparasitos presente na comunidade de aves silvestres no Distrito Federal. Perguntado sobre seu interesse nessa pesquisa, o doutor em Ciências Biológicas disse que faltam estudos relacionados ao assunto. “Poucas pesquisas relatando as relações entre comunidades de endoparasitos e seus hospedeiros foram realizados na região, sendo que nenhum estudo com esse enfoque foi realizado para a avifauna do cerrado”, disse ele. Além disso, Renato revelou que gosta muito de realizar estudos sobre aves. “Desde criança gostava de ficar olhando os pássaros no céu, isso despertou em mim a curiosidade de conhecer cada vez mais o mundo das aves”, observou.


Segundo Renato, entre os vários problemas sanitários que afetam as aves silvestres, as enfermidades parasitárias estão entre as mais frequentes, podendo causar desde infecções subclínicas até a morte, sendo as endoparasitoses as mais comuns, principalmente em casos de alta-densidade populacional. Para Caparroz, a relação entre comunidades de parasitos e seus hospedeiros silvestres é ainda pobremente conhecida.


O pesquisador ressaltou que, um primeiro passo para o entendimento da evolução e dinâmica das comunidades de parasito-hospedeiros é caracterizar sua estrutura. Atualmente, a biologia molecular e seus métodos de estudo vêm contribuindo de forma relevante com a Parasitologia Veterinária, especialmente no aprimoramento dos métodos detecção de parasitos.



Na visão e experiência de Caparroz, o estudo de endoparasitos em aves silvestres do cerrado, utilizando técnicas moleculares, poderá auxiliar na caracterização da diversidade de endoparasitos, bem como propiciar um primeiro levantamento da diversidade genética desses agentes patogênicos. “O maior objetivo desta pesquisa é identificar os diferentes endoparasitos que infectam as aves silvestres e quais grupos de aves são mais susceptíveis a infestação por parasitos no Distrito Federal”, explicou.



Segundo ele, há muitas aves que estão em extinção, pois além das doenças e parasitos que aparecem nelas, ainda há um grande índice de incêndios durante a seca no cerrado, causando devastação em muitas árvores, que geram sementes e frutos que alimentam essas aves silvestres. “Temos que realizar cada vez mais pesquisas sobre aves silvestres no cerrado, porque muitas estão em extinção e não podemos deixar espécies raras desaparecerem”, finalizou.



Fernando Pinto
Jurana Lopes
Jornalismo 6ª Semestre/ Noturno

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