quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ciência em prol da agronomia



O universo científico é bem amplo e abrange diversas áreas de estudo, como também, engloba várias linhas de pesquisa para chegar à etapa final da descoberta. A pesquisadora e professora de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília (UNB), Rita de Cássia Pereira Carvalho , revela um pouco de sua carreira profissional e as dificuldades encontradas diariamente para chegar ao processo de conclusão de seus trabalhos e pesquisas.

Rita de Cássia formou-se em agronomia pela Universidade de Viçosa, em 2005, porém no início do curso quase desistiu, e somente alguns semestres depois, quando teve uma disciplina que envolvia plantas ela decidiu que caminho seguir. “Quase mudei de curso, pois tinha muito cálculo, porém descobri que a agronomia é muito ampla, afirma Rita’’.

Atualmente, ela ministra aulas para o curso de agronomia e engenharia florestal. Quando chegou em 2009 na UNB, apesar de sua linha de pesquisa ser virologia vegetal (estudo dos vírus) não havia uma orientadora nessa área, passando assim, a estudar a área de Micologia (Fungos) que posteriormente viria a acrescentar em seus estudos de combate aos vírus de plantas (conhecidos cientificamente por Begomovírus ou Begomo). Posteriormente ela começou a estudar sobre viroses em espécie florestal pois até então não tinha nenhum material e surgiu uma questão: Será que não tem realmente nada ou ainda não foi estudado?.

Suas linhas de pesquisas estão voltadas principalmente nos seguintes temas: análise da diversidade genética e detecção viral, insetos vetores de vírus de plantas, genes e mecanismos de resistência a vírus de plantas. Além das atividades de pesquisa, ela atua também, no ensino da graduação e pós-graduação. Rita afirma que trabalhar com alunos é algo especial, pois ela gosta de instigar as pesquisas e despertar a curiosidade para ciência. Uma das principais dificuldades apontada pela pesquisadora é a falta de verba para aquisição dos equipamentos laboratoriais para detecção de vírus que por sinal, são muito caros.

Responsável pela Estação Experimental de Biologia de 2009 -2011, a pesquisadora conta que o passo inicial para a realização de suas pesquisas é o controle, e afirma também, que é preciso analisar as diversidades de plantas e verificar se o material é resistente ou não aos organismos. “Esses vírus causam prejuízos e compromente a produção da planta, estamos estudando uma nova espécie que se chama Crinevírus”, afirma Rita. A principal pergunta que move o início do seu trabalho é a seguinte: Qual proteína essa planta que desenvolveu o vírus tem, que as outras não tem?

A comunidade científica é uma das principais beneficiadas em todo o trabalho para que assim, suas descobertas possam ser o pontapé inicial para outros pesquisadores. O resultado final é de grande importância para a agricultura, porém, eles não querem saber como ele foi obtido.

Apesar de todas as dificuldades, ela se considera satisfeita com os resultados obtidos e o rumo que sua carreira tomou. Rita afirma que está feliz com sua escolha profissional, mesmo tendo que ficar até tarde acompanhando suas pesquisas, pois ela afirma: “o resultado final sendo ele qual for é sempre gratificante”.

Repórteres:
Fabiane Araújo-RA(9230572768)
Fernanda Lima-RA(9292601222)
Gisely Monteiro-RA(779843606)

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